[Um amor, um adeus, um vale]

Eu apenas a deixei sobre seu travesseiro sem olhar para trás. Sabia que seria a última vez em que veria seu rosto, sentiria seu sorriso tocando seus lábios com os meus. Nosso último beijo foi salgado. Naquele abraço em frente à sua casa o mundo parou por um instante, e os flashes de nossos momentos me inundaram a mente trazendo aquele antigo nó na garganta atado pela incerteza do amanhã.



Fomos perfeitos um para o outro desde o primeiro momento. Dois dragões separados por todos os demais signos do horóscopo chinês, a união da terra e do metal provocando abalos sísmicos em dois corações tão distintos. Seu silêncio com minha voz aturdida produziram uma sinfonia assíncrona pelos sonhos que divergiam em nossos íntimos.

O céu chora incessantemente desde que proferimos ‘adeus’, lágrimas intermináveis de um céu que abriga arcos-íris tímidos que iniciam e terminam em um vale desconhecido. Um vale belo, vívido e de intensos mistérios. O vale que abriga o coração que eu amo, e nele deixei também o meu.

Obrigado por continuar visitando meus sonhos. Obrigado por trazer o “eu te amo” de volta ao meu vocabulário.

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